“O que temos pela
frente, é a busca em reconstruir o papel de cada um, nem que seja para descobrir
que eles estão misturados mesmo e que vão precisar caminhar assim.”
O contexto social atual tem se modificado, as relações que estabelecemos
hoje são rápidas, apressadas e carregadas de compromissos urgentes. Nenhuma instituição
social fica fora disso, nem mesmo a tão antiga escola.
Nela se relacionam pais, mães, professores e alunos. Se
antes os papéis dessas pessoas eram assumidos com segurança, ou seja: pais que
educavam, colocavam seus filhos para serem formados pela escola, e essa por sua
vez transmitia conteúdo essencial para a inserção desse ser humano na
sociedade. Hoje isso caiu em desuso.
Atualmente, a escola, representada por seus professores, forma e também busca educar. Aos pais cabe a tarefa de administrar o pouco tempo que têm e oferecer aos filhos atividades extras, que os deixam também sem tempo. Os filhos, por sua vez, assumiram o posto de receptáculos, e tudo aquilo que lhes é apresentado, na escola, de modo bem condensado e doce, é aprendido por eles.
O cenário descrito acima parece bem triste, nostálgico e
pessimista, e o é, se olharmos para ele assim. Entretanto, acredito nas
relações, principalmente naquelas que são construídas dentro do ambiente
escolar. Vejo que a escola que recebe e acolhe pais e filhos deve ser um espaço de movimentação e discussão social.Atualmente, a escola, representada por seus professores, forma e também busca educar. Aos pais cabe a tarefa de administrar o pouco tempo que têm e oferecer aos filhos atividades extras, que os deixam também sem tempo. Os filhos, por sua vez, assumiram o posto de receptáculos, e tudo aquilo que lhes é apresentado, na escola, de modo bem condensado e doce, é aprendido por eles.
Mudanças ocorreram, mas os pais ainda escolhem com carinho e
atenção a escola para os seus filhos e acreditam nela; professores ainda gostam
dos desafios diários com seus alunos; e as crianças querem estar na escola,
junto de seus colegas e, quando convidados a participar, de modo ativo, o fazem
com prontidão, disposição e interesse. Ainda há entre essas
três pontas amor que nutre a vontade de continuar.
Os educadores, de modo geral, sentem as mudanças, nem sempre gostam delas, nem sempre sabem lidar com elas, afinal, eles também estão precisando assumir, por causa delas, outros papéis. Como buscam adaptar-se? Ocupam-se em falar sobre o que ocorre no dia a dia escolar, falam muito, discutem e pensam: se fosse como antes, se fosse antigamente, se fosse... Não fosse mais nada, acabou, e muitos dos professores nostálgicos só viveram a tal era dourada como alunos e nem sabem quais eram as durezas de ser professor.
A escola não tem a chance de reverter esse quadro social, até porque não vejo necessidade disso, o mundo se transformou e não importa se foi para melhor ou pior, simplesmente se transformou. O que temos pela frente é a busca de reconstruir o papel de cada um, nem que seja para descobrir que eles estão misturados mesmo e que vão precisar caminhar assim.
Os educadores, de modo geral, sentem as mudanças, nem sempre gostam delas, nem sempre sabem lidar com elas, afinal, eles também estão precisando assumir, por causa delas, outros papéis. Como buscam adaptar-se? Ocupam-se em falar sobre o que ocorre no dia a dia escolar, falam muito, discutem e pensam: se fosse como antes, se fosse antigamente, se fosse... Não fosse mais nada, acabou, e muitos dos professores nostálgicos só viveram a tal era dourada como alunos e nem sabem quais eram as durezas de ser professor.
A escola não tem a chance de reverter esse quadro social, até porque não vejo necessidade disso, o mundo se transformou e não importa se foi para melhor ou pior, simplesmente se transformou. O que temos pela frente é a busca de reconstruir o papel de cada um, nem que seja para descobrir que eles estão misturados mesmo e que vão precisar caminhar assim.
Para que isso aconteça, precisamos aprofundar as relações,
as trocas entre pais, filhos e escola. A escola pode mediar essa aproximação organizando
momentos de trocas verdadeiras; pais, professores e filhos conversando e vivenciando
assuntos de interesse comum.
Pais, filhos e professores precisam de espaço para se reconhecerem socialmente, para entender os seus novos e atuais papéis, e a escola precisa estar preparada para auxiliá-los, sim. É só dessa forma que conseguirá, se desejarmos, assim como antes , cumprir com o seu compromisso social.
Pais, filhos e professores precisam de espaço para se reconhecerem socialmente, para entender os seus novos e atuais papéis, e a escola precisa estar preparada para auxiliá-los, sim. É só dessa forma que conseguirá, se desejarmos, assim como antes , cumprir com o seu compromisso social.
Ana Paula Dini
Educadora graduada, especialista em Educação Infantil
e mestranda pela Universidade de São Paulo – USP
e mestranda pela Universidade de São Paulo – USP
Nenhum comentário:
Postar um comentário